Tempos
modernos pedem soluções inovadoras. Com essa ideia em mente, o arquiteto
Frederico Zanelato lançou mão de uma proposta eficiente e barata para desenhar
a própria casa. Recém-divorciado, queria o novo endereço amparado no tripé
economia, sustentabilidade e rapidez. E encontrou a saída em contêineres
descartados, cada vez mais usados em projetos residenciais no mundo todo.
Para estruturar a construção, comprou quatro deles nas docas de Santos, por R$ 5 mil cada um, e mandou entregar no canteiro de obras em Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo (o frete custou R$ 1 800). O sistema construtivo escolhido e a topografia plana do lote validaram a fundação radier – tipo de laje rasa de concreto armado, que distribui o peso da construção de modo uniforme no terreno. Graças à opção, reduziram-se o custo e o tempo de execução em 20%, R$84,5 mil no total para que a obra fique pronta em 60 dias. Para garantir o conforto térmico, o arquiteto implantou a residência num local mais sombreado e previu ventilação cruzada.
1.
Cobertura: o
arquiteto fechou o vão da escada de metal, posicionada no centro da planta, com
esta cobertura de vidro laminado (20 mm de espessura). O recurso permite
aproveitar melhor a luz solar.
2. Paredes: mantiveram-se as cores originais dos
contêineres. Eles foram só lavados e receberam uma demão de base antioxidante
(Armatec) na superfície externa. As paredes internas ganharam um sanduíche de
lã de rocha e fechamento de gesso acartonado pintado, que embute tanto a fiação
quanto a instalação hidráulica.
3. Energia
solar: sobre o
quarto, seis placas coletoras de 1 x 1 m e um boiler de 660 litros, fornecidos
pela Astrosol, formam o sistema que garante água quente à moradia.
4. Fundação
e estrutura: apenas
os parafusos das quatro chapas metálicas, chumbadas nos cantos da laje, estão
aparentes. Com os quatro cantos parafusados nesses pinos, o contêiner fica bem
preso à fundação. Cada um dos módulos superiores, por sua vez, tem os quatro
cantos parafusados nos contêineres térreos.
5.
Aberturas: esquadrias
metálicas parafusadas na radier e nos contêineres seguram os painéis móveis de
vidro temperado com 10 mm de espessura.
6. Pisos: no interior, a peroba de demolição
reveste as áreas secas, e a ardósia preta cobre as molhadas. N pavimento
superior, os dois terraços ganharam deck de ipê.
Fonte: Casa
Cláudia
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